sábado, 30 de outubro de 2010

A minha história de vida e o objectivo do blog

Aqui vos vou deixar o meu testemunho para que nenhuma mulher seja mais alvo de violência doméstica de qualquer tipo.

Espero que o entendam e que pensem no que  podemos nos tornar: UMA FÉNIX....



O renascer das cinzas

 

 

Prefácio

 

Penso que  todas as pessoas devam dar melhor valor a violência doméstica fisica e psicologica, eu passei por ela desde  o momento em que nasci o meu pai nunca me aceitou por ser mulher tal como a familia dele e batia em mim e na minha mãe...eu tenho muitas marcas de cinturadas nas costas dadas por ele sem nenhum motivo aparente a minha mae muitas marcas também mas nao só fisicas as psicologicas também foram sempre muito graves, fugi de casa numa altura em que pensei que aquele meu namorado me ia entender pois sempre se fez amigo pelo contrario depois de ter tido um acidente de mota com ele e ter ficado como um autentico vegetal fez de mim tudo o que quis ate todas as minhas economias roubou, montou a casa dele com tudo do bom e do melhor e quando o dinheiro começou a secar começou a bater-me e a agredir-me psicologicamente ao ponto de roubar as chaves de casa dos meus pais e vir rouba-los também. Quando secou de vez a fonte veio colocar-me em casa dos meus pais que nunca foram felizes e que sempre foram contra principalmente quando se aperceberam do que me aconteceu enquanto estive com ele ainda pioraram as coisas.Pensei na prostituição e tudo como forma de ganhar dinheiro nessa altura já tinha o meu curso tirado,mas não entrei nela. Vim pra casa sem nada com um esgotamento e a babar-me toda como se fosse uma velhinha de 90 anos. Sofri e aprendi até ao dia em que depois de 34 anos de violencia domestica o meu pai tenta matar a minha mae asfixiando-a com uma almofada aproveitando o meu estado vegetal pois estava drogada de tal maneira que se a minha mae não me tivesse dado um pontape hoje estavamos mortas mas consegui chamar o 112 e leva-la pro hospital quase morta. Hoje estão divorciados após uma grande luta. Tentei trabalhar com ele no restaurante de que ele é socio em lisboa os maus tratos continuaram e no dia 18 de Dezembro de 2009 fui eu que fugi do pesadelo pois estava com uma bronco-pneumonia  e para ele nao queria trabalhar.

Hoje sou uma tradutora desempregada mas apesar de tudo isto arranjei alguem que me compreendesse e ja namoramos ha 4 anos....temos ambos duas versoes do nosso inicio de namoro muito engraçadas...

 

 

 

Tal como muitas meninas sonhava com um princípe encantado, tipo Barbie e Ken....mas isso não foi o que existiu na minha durante a minha até curta vida de existência. Desde cedo assisti a violência doméstica, a discussões constantes mas a um pai ausente, e que achava que tudo se compra com dinheiro ou com prendas para esquecer tudo o resto que se passava.

Cresci uma criança traumatizada, ou diferente, como algumas pessoas me chamavam, pois poucas pessoas sabiam do meu sofrimento diário.

Passei por pedopsiquitrias, psicoterapeutas e psiquiatras para ultrapassar traumas passados mas como se ultrapassa a violência no núcleo da família???

No entanto, estudei, sempre com notas o suficiente para passar de ano nada mais, não tive uma média como queria ou melhor gostaria de ter dado à minha mãe por todo o sofrimento que passou por minha causa, no final do secundário na Escola Secundária Rainha D. Leonor, e desenganesse quem pense que não havia muitas histórias iguais ou parecidas á minha naquele liceu, muitos acabaram na droga outros no suicídio outros como eu lutaram.

Entrei para o ISLA, a muito custo tirei o meu curso de tradução, entrei em 1996 e em 1998 comecei a trabalhar para o ajudar a pagar.

Posso dizer que foi muito complicado e exigente mas que me preparou bem.

 

 

O primeiro namorado foi algum tempo depois de ter o curso terminado pois o objectivo sempre foi tirar o curso superior.

Um rapaz bem parecido na altura irmão dum ex-colega de carta de condução; sim porque eu no dia 16 de Dezembro de 1996 já tinha a minha carta de condução tirada, e à 1ª proeza diziam na altura de poucas raparigas/mulheres.; durante os primeiros tempos de namoro tudo foram rosas o pior foi depois.

Acabei o meu curso de socorrismo/tripulante de ambulância e durante o curso todos os dias ele me ia buscar pois as aulas eram em horário nocturno e no Prior Velho saia sempre por volta da meia noite de lá.

Entretanto ele fica desempregado e começa o primeiro pesadelo da minha vida amorosa, ele começa a ficar sem dinheiro e eu a trabalhar para o ajudar e tentar arranjar emprego para ele.

Nessa altura gostava de ser uma Ninfa: ou seja (Geralmente são entidades que desenvolvem um sentimento de amor muito intenso. Vivem no mar, nos lagos e lagoas, nos rios e cascatas.Não podemos deixar de mencionar também sua relação com a chuva, pois trabalham de maneira mais intensa com a água doce. As ninfas, elementais que se parecem com as ondinas, apresentam-se com a forma espiritual envolvida numa aura azul e irradiam intensa luminosidade. São dotadas de suavidade e doçura. Voam sobre as águas, deslizando harmoniosamente, como se estivessem desempenhando uma coreografia aquática. Os seres da água são sedutores, atraentes, sensuais, românticos e brincalhões porem podem ser perversos. Gostam de cantar e adoram música. São responsáveis e daí muitos deles serem óptimos guardiões.) mas não comecei a aperceber-me que a pessoa com quem eu namorava se estava a transformar noutra bem pior, e como o pior cego é aquele que não quer ver fui ficando com ele até começar por pedir-me dinheiro para um café e depois para outras coisas tais como drogas e o maior vicío o casino.

O Casino do Estoril era a perdição dele primeiro começou pelas máquinas banais depois o vício foi piorando até ir para as apostas mais altas perder tudo e culminou por me tentar vender numa mesa de jogo, depois de já ter perdido tudo que tinha até o carro.

Aí abandonei-o, bati-lhe nem sei....ninguém queria acreditar mesmo na mesa do casino no que se estava a passar.

Saí de lá destroçada...tinham acabado 2 anos e meio de namoro naquele momento.

Ponto final a exploração e extursão de dinheiro durante mais de ano e meio. Nunca mais voltei a ver esse traste nem o meu dinheiro,mas é melhor assim....

 

Após mais de 2 anos sózinha a trabalhar onde gostava reencontrei um amigo duns amigos que de tudo fizeram para nos juntar e foi assim que começou passados uns tempos o ínicio dum namoro pautado por um acidente de mota que quase me levou a vida humana mas que que levou tudo o resto que eu tinha, pois fiquei com um coagulo sanguineo alojado na cabeça num local onde não era retirável na altura (2004), e muitas mazelas mais das quais a pior foi a epilepsia com a qual sobrevivi até ao ano passado (2009) pois fui 2 vezes operada por metodo de punçao para o coagulo ser retirado, e com ataques de epilepsia falta de lucidez e tudo o mais ele aproveitava para me extorquir e bater com toda a força quando estava com crises era pior como eu não tinha lucidez ele aproveitou tudo até ao máximo, como vos referi logo de início, fugi de casa numa altura em que pensei que aquele meu namorado me ia entender pois sempre se fez amigo pelo contrario depois de ter tido um acidente de mota com ele e ter ficado como um autentico vegetal fez de mim tudo o que quis ate todas as minhas economias roubou, montou a casa dele com tudo do bom e do melhor e quando o dinheiro começou a secar começou a bater-me e a agredir-me psicologicamente ao ponto de roubar as chaves de casa dos meus pais e vir rouba-los também. Quando secou de vez a fonte veio colocar-me em casa dos meus pais.

 

E a partir daí começou a luta para estar como estou hoje, não estou bem mas depois de tanto azar apareceu aquele que penso ser o meu princípe...

Aqui vos deixo as duas versões do mesmo ínicio de namoro visto por cada um de nós, hoje já com mais de 4 anos de namoro; espero que gostem pois foi muito bonito e diferente...

 

A versão dele:

 

 Uma certa noite de final de Inverno  inicio de primavera com muitas estrelas e astros Resolvi ir ver a minha equipa de futebol a jogar no grande estádio Depois do jogo,resultado 0-1 e mais uma derrota, e pela forma como se tinha sofrido o golo .....com a mão. Vinha eu em brasa a pé ate a parragem do jardim zoologico,quando lá cheguei estava a partir o meu autocarro.Olhei para o horario, para ver quanto ia ser a minha seca... "Era o que me faltava disse eu com os meus botoes" estava uma rapariga na paragem que a ver a minha frustasão meteu coversa comigo,dizendo "Acabou de sair um autocarro, eu também perdi o autocarro e o proximo é so daqui a 35 minutos".Eu que não estava para muitas conversas, não dei muita corda ,mas ja que tinha de esperar pelo o autocarro que  fosse a falar com alguem e especialmente com uma rapariga, que nos dias que corre é dificil uma jovem iniciar uma conversa com algum que nunca se viu e do sexo oposto porque elas pensão logo que é engate.   Conversa puxa conversa, nem dei pelo tempo passar. Estava na hora do autocarro , entramos e continuamos com a nossa conversa . A nossa conversa vista de fora dava a parecer que ja nos conhesiamos a muito tempo, falamos de varias coisas, de futebol, meditação, do zodiaco,o mais engraçado é que tinhamos muito em comum .Eramos do mesmo clube, gostavamos de muitas coisas iguais e entre  elas a cultura oriental. Quando demos por nos estava na altura da paragem para ela sair. Ficamos a olhar um para o outro, não deu para trocar os nossos contactos, e ela convido-me para um cafe qual quer dia e saiu na paragem . Fiquei sem ponta de sangue, quando reparei que nem sequer sabia o nome dela .... Não sabia o numero de telemovel, não sabia nada; a unica coisa que sabia o bairro que  morava, tinha cativo no estadio, era escorpião e gostava de tarot. Quando cheguei a casa estava um pouco distraido com o que me rodiava , foi me deitar .... A vida seguia como sempre, pontape daqui ,chuto dali....Há malandros que se esquecem-se que que a malandros mais malandros que eles... Dias mas tarde,estava eu no cafe com o meu pai , quando é o meu espanto recebo um telefonema do trabalho a me perguntar se podia dar o numero do meu telemovel a uma rapariga que tinha vinho a minha procura, a chamada estava pessima e não deu para perceber quem era a pessoa que estava a minha procura. por mim podia dar o meu numero de telemovel ,pensado que podia ser para algum trabalho, um trabalho extra é sempre um trabalho , e a vida não esta para perder trabalhos extras. pouco tempo depois, o meu telemovel volta a tocar, era uma voz suave e quente,era ela; a rapariga do autocarro, fiquei sem saber o dizer e fazer, conto-me o que tinha acontecido no meu trabalho quando ela la  apareceu a minha procura so sabendo o meu clube ,e onde eu morava,resolvemos ir beber um café no Olivais,que era um sitio que ambos soubessemos onde era paramos voltarmos a ver e para nos conhecer melhor . O sitio da jeito aos dois ja que ela ja vinha a caminho de Alvalade.O ponto de encontro era a frente dos cinemas .Eu esta naquela altura do mes ,que o salario ja tava de "de gesso", ó seja estava no fim, comecei a pensar como é que me eria safar , cravei o meu pai mas tambem esta de " chuva" tive que ir as minha poupaças. Pouco tempo depois estavamos frente um do outro ,mas uma vez; ela estava de calcas pretas,camisa branca e de botas pretas, cabelos cor de mel, olhos em forma de azeitona castanhos, Eu estava muito nervoso com a situação toda, o meu coração batia como um tambor,nao sabia o que dizer e o que fazer, comprimentamo-nos como bons amigos que ja se conheciam a muito tempo, as minhas palavas estavam presas na boca e na gargata. Falamos da situação que se tinha passado no meu local de trabalho e rimos um bom bocado, resolvemos ir dar uma volta a outro lugar e resolvemos ir ate a expo,para conversar mais um pouco e nos conhecer melhor, contamos as nossas historias de vidas passadas e aproveitar para ver o mar, que é um sitio que os 2 gostamos muito, estava uma tarde noite, boa para dar um passeio junto ao rio e parra conversar sobre a vida ... Ela estava a trabalhar para uma firma ,mas aquilo não estava muito bem de trabalho, por havia trabalho para faz no outro dia não, dias depois fico sem trabalho mas isso é outra historia ...

 

 

A minha:

 

 

Num dia 15 de Março corria o ano de 2006 decidi ir ver à última hora o meu clube, o Glorioso,Sport Lisboa e Benfica( por onde passaram figuras míticas como Eusébio da Silva Ferreira,Jaime Graça, José Águas, entre outras figuras sem ser do futebol como Carlos Lisboa, Jean Jacques(um fixe!!!) ou José Carlos Guimarães(um espectacúlo de pessoa que tive o privilégio de conhecer, que saudades, quando também eu era atleta do SLB de natação) no Basket); esse jogo foi contra o Vitória de Guimarães L (só a cidade é que é bonita,lol), tinha saído do trabalho cansada e farta de ouvir reclamações de clientes do banco onde trabalhava, fiquei num lugar que nem era o meu cativo da altura e infelizmente perdemos o jogo por 1-0 com um golo irregular (com a mão), fiquei danada de tal forma que arrumei o cachecol que havia comprado para o jogo e fui até sete rios para apanhar o 55 para casa....Cheguei à paragem e o autocarro a sair, o proximo era só as 23h36 e ainda eram 23h15.

Bem resignei-me à seca que ia apanhar e quando tava a pensar em tudo e nada ao mesmo tempo chega um rapaz, que também vinha do jogo furioso...e olhou para o horário do autocarro e eu saí-me com a tirada”o próximo é só às 23h36m saiu daqui um agora”, olhou espantado para mim e eu para ele, ficámos calados um bocado até eu meter conversa com ele por causa dum anel do estilo celta (sou um fã de cenas celtas) que ele tinha no dedo, ainda por cima nesse dia tinha comprado um anel com uma fada e 2 pares de brincos, uns com umas bruxinhas e outros com o ankh em prata...conversa puxa conversa chega o autocarro, entramos e continuamos a conversar , quando chegamos perto do Hospital de Santa Maria diz-me que trabalha “naquele mamaracho” como electricista e eu digo-lhe que sou tradutora mas que trabalho no contact center do BES, entretanto o tempo passa e vejo-me a chegar a minha paragem, pergunto-lhe se dá para beber um café um dia destes mas quando nos damos conta apenas sabemos onde moramos e onde trabalhamos, nome e numero nada!!!Que cena!!! Bem fui para casa a pensar no assunto e no que deveria ou não fazer. No dia seguinte contei por alto a um amigo meu da net e a uma amiga minha, ambos estavam de acordo,”vai a paragem do 55 que fica na frente do Hospital já que ele sai as 15h deve ir para lá”, no dia seguinte 5ªfeira dia 17 lá fui, esperei até as 16h15 e nada, desisti, voltei na 6ª nada foi lá uma amiga buscar-me para ir tomar café, comemtei a situação por alto e ela disse “porque não entras lá dentro perguntas onde fica o local e pelo rapaz que mora em Chelas, inventas uma cena qualquer tipo esqueceu-se de algo no autocarro que tens para lhe dar mas que o queres fazer pessoalmente pois é documentação”.
No dia 21 ganhei coragem e toda a tremer por todo o lado la fui, azar não estava, mas os colegas aprontaram-se logo a ligar-lhe e a pedir autorização para me darem o número de telefone sempre na risota e eu a tentar manter a pose. Infelizmente deram-me um dos números trocados e tive que lá voltar dentro, aí já sabia que ele se chamava Miguel, para me confirmarem o número. Ganhei coragem e liguei, muito nervosa, do outro lá me atendeu ele um bocado atarantado com a situação e ai expliquei-lhe com calma quem era e que tudo aquilo tinha sido um pretexto para o tal café que ficara falado no autocarro, foi muito comico visto agora após algum tempo, mas lá combinámos no antigo Olivaisshopping, local que ambos conheciamos, ao pé dos cinemas,ai ele tb já sabia o meu nome........Foi engraçado o reencontro porque estávamos ambos embaraçados mas depois das devidas apresentações formais e de nos rirmos um pouco da situação decidimos ir dar uma volta até ao Parque das Nações, lá andámos, falámos de nós ,dos nossos passados e receios, e o mais engraçado entendíamos bem, ao fim de não sei quantas voltas sentámos-nos em frente ao rio , deveriam ser umas 23h nem demos pelo tempo passar até que eu me levantei e começamos a jogar aos olhos nos olhos a ver quem aguentava mais, mas chegou a um ponto que os olhos se tornaram num boca a boca e beijámos-nos, eu fiquei sem palavras, mas gostei, a essa altura já sabíamos tanto um do outro que parecia que já nos conhecíamos de outra vida, eu só consegui fazer uma pergunta antes de apanhar o autocarro para ir para casa “E agora?” resposta “deixa andar!”. Já com nomes,números e vidas trocadas começamos naquela noite de início de Primavera de lua cheia a namorar. Cada um com o seu feitio mas com respeito mútuo.

 

 

 

Agora estou feliz....dentro do possivel...mas pelo menos com ele não tenho problemas de violencia a não ser na brincadeira....

 

Ser mulher é ser fênix. O sofrimento é real, mas há que saber só meu e único. Sofrê-lo, se necessário for. Não esquecendo porém que a vida, essa segue inexorável e naturalmente seu implacável curso.

Se acaso se fizer mister, ignora os incautos, encanta quem te encanta, elogia quem merece e enaltece os bravos.

Após longas, escabrosas e invernosas noites mau dormidas, sê FÊNIX...!

Renasça exuberante, sabedoria redobrada, tranqüilidade transparente, serenidade veemente.

Está completado o ciclo, saboreie os mistérios, sê mestra do universo, sê eterna.

Sê Fênix, Sê feliz!

 

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